Café brasileiro nos EUA

Quais os desafios e oportunidades para exportadores e consumidores?

O café brasileiro, que responde por cerca de um terço do consumo americano, enfrenta uma situação crítica nos Estados Unidos desde agosto, quando uma tarifa de 50% foi aplicada sobre o produto. A medida dificultou a entrada de café brasileiro no país, fazendo com que torrefadores recorrem aos estoques internos e, em muitos casos, cancelassem pedidos, arcando com taxas que variam de US$20 a US$25 por saca de 60 kg. Essa realidade evidencia como as alterações tarifárias podem gerar impactos imediatos em toda a cadeia de abastecimento e na precificação do produto.

Para contornar a situação, algumas empresas adotaram estratégias alternativas. Em vez de importar diretamente, cargas foram redirecionadas para o Canadá ou armazenadas em armazéns aduaneiros na Flórida, o que permite que as mercadorias não paguem tarifas até serem vendidas. Paralelamente, torrefadores têm substituído parte do café brasileiro por grãos de Colômbia, México e América Central, que tiveram aumento de até 10% nos preços desde o anúncio da tarifa, enquanto o café brasileiro apresentou queda de aproximadamente 5%. Essas medidas refletem a necessidade de flexibilidade e planejamento logístico para garantir continuidade no fornecimento.

O impacto chega também ao consumidor final. Em setembro, o preço médio do café torrado e moído nos supermercados dos EUA subiu 41%, atingindo US$9,14 por libra. Com estoques atuais estimados em 4 milhões de sacas, a projeção é de redução para entre 2,5 e 3 milhões de sacas até dezembro, próximo do limite considerado seguro para atender à demanda. Enquanto o acordo comercial entre EUA e Brasil não se concretiza, o mercado segue pressionado, exigindo dos importadores estratégias de adaptação e das empresas brasileiras atenção contínua para transformar desafios em oportunidades.

Autor do post Maria Bianchini

Por Maria Bianchini

31/10/2025 17:30

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Novos mercados de exportação do Brasil

Por Maria Bianchini

O Brasil acaba de conquistar oito novos mercados de exportação, reforçando sua presença no comércio internacional e abrindo novas oportunidades para o setor agroindustrial. As aprovações foram comunicadas por autoridades sanitárias de diferentes países ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), representando um passo estratégico para a diversificação de destinos e fortalecimento da competitividade brasileira no cenário global. Entre os mercados recém-abertos, estão o Uruguai, para mudas de oliveira, eucalipto e ora-pro-nóbis; Santa Lúcia, para carnes de frango, suína e bovina, incluindo subprodutos; e o Irã, que liberou sementes de abobrinha e melancia.

A ampliação de mercados não apenas aumenta o potencial de vendas, mas também proporciona maior resiliência a choques externos, como alterações tarifárias ou barreiras comerciais em mercados tradicionais. Nos últimos meses, apesar de desafios globais e incertezas econômicas, o setor agroexportador brasileiro demonstrou capacidade de adaptação, com crescimento de 6,1% nas exportações em setembro, evidenciando que a estratégia de diversificação vem dando resultados concretos.

Além da abertura de novos mercados, a expansão de mercados já existentes continua sendo uma prioridade. Desde 2023, mais de 200 ampliações foram registradas, incluindo novas plantas de carne bovina autorizadas a exportar para a Indonésia e acordos que agilizam processos de aprovação e inspeção sanitária. Iniciativas como a Caravana do Agro Exportador, que leva produtores de diferentes regiões a conhecer programas públicos de facilitação de exportações, reforçam o compromisso do país em criar um ambiente estratégico para o agronegócio.

Para os produtores brasileiros, essas conquistas representam não apenas novas oportunidades de negócios, mas também maior previsibilidade e segurança no planejamento de exportações. A entrada em novos mercados exige acompanhamento constante e parcerias estratégicas, garantindo que as empresas possam transformar essas oportunidades em resultados concretos, com eficiência logística e compliance regulatório.

No atual cenário do comércio internacional, marcado por volatilidade e competição acirrada, manter-se presente em múltiplos mercados e antecipar tendências é mais do que uma vantagem: é uma necessidade. O Brasil demonstra, com esses avanços, que está preparado para expandir sua atuação global, oferecer produtos de qualidade e consolidar sua posição como um player estratégico no comércio exterior.

Postado em 17/10/2025

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Shutdown nos EUA

Por Maria Bianchini

O recente shutdown do governo dos Estados Unidos, provocado pela falta de aprovação do orçamento no Congresso, acendeu um sinal de alerta nos mercados globais. Embora pareça um impasse político interno, essa paralisação pode gerar efeitos relevantes no comércio internacional e, consequentemente, no Brasil.

Nos EUA, quando o orçamento federal não é aprovado, diversos órgãos governamentais precisam reduzir ou até mesmo suspender suas atividades. Isso atinge diretamente agências regulatórias responsáveis por liberar cargas, inspecionar alimentos, produtos farmacêuticos e químicos, além de afetar a operação em portos e aeroportos. O resultado imediato é a redução de efetivo, maior burocracia e atrasos que se refletem em toda a cadeia logística global.

Os impactos no comércio exterior se tornam evidentes rapidamente. Atrasos logísticos passam a ser frequentes, já que inspeções e liberações ficam comprometidas. Isso gera custos adicionais de armazenagem, seguro e transporte, especialmente quando as cargas ficam paradas. Além disso, a volatilidade cambial tende a crescer em momentos de incerteza, fortalecendo o dólar e encarecendo as importações. Outro ponto de atenção é a demanda americana, que pode ser reduzida diante da instabilidade, afetando diretamente os exportadores em todo o mundo.

Para o Brasil, os reflexos não demoram a aparecer. Exportadores de setores como agronegócio, automotivo e farmacêutico podem enfrentar menor procura ou até mesmo atrasos em contratos firmados. Importadores que dependem de insumos, peças e maquinários vindos dos Estados Unidos também tendem a sentir um aumento nos custos, pressionando a indústria nacional. Ao mesmo tempo, o mercado financeiro reage rapidamente: a valorização do dólar e a fuga de capitais encarecem o crédito e aumentam a incerteza para investimentos no país. Nesse cenário, o planejamento estratégico das empresas fica comprometido, já que prazos e custos se tornam imprevisíveis.

Se o shutdown for curto, os impactos podem ser limitados a turbulências pontuais, mas um impasse prolongado tende a trazer efeitos mais profundos nas cadeias logísticas globais, exigindo resiliência e agilidade de adaptação por parte das empresas. Esse cenário reforça a importância de contar com parceiros estratégicos no comércio exterior, capazes de oferecer soluções ágeis e seguras mesmo diante de instabilidades internacionais.

Aqui nós acompanhamos de perto os movimentos do mercado global para apoiar nossos clientes em qualquer cenário. Com experiência em transporte marítimo, aéreo e rodoviário, nossa equipe está preparada para garantir eficiência, previsibilidade e segurança, ajudando sua empresa a atravessar momentos de incerteza e a transformar desafios em novas oportunidades.

 

Postado em 02/10/2025

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Comex Etílico: como vinhos brasileiros cruzam fronteiras com segurança e estilo

Por LARISSA BAROSSI

Imagine um vinho brasileiro premiado, produzido em vinícolas do Vale dos Vinhedos, embarcando em contêineres refrigerados rumo à Europa ou à Ásia. Cada garrafa representa não apenas um produto agrícola, mas também um símbolo cultural e uma promessa de qualidade que precisa chegar intacta ao consumidor final. Nesse processo, a logística desempenha um papel determinante: transportar vinhos é muito mais do que mover garrafas, é preservar tradição, sabor e valor agregado.

Nos últimos anos, o vinho brasileiro tem conquistado espaço nos mercados premium internacionais. A crescente demanda, especialmente em países da Europa e da Ásia, trouxe consigo um novo desafio: como garantir que esse produto sensível, que depende da integridade da sua conservação, chegue impecável ao destino? A resposta passa pela união entre tecnologia, inovação em embalagens e protocolos de transporte que respeitam tanto o compliance aduaneiro quanto as exigências de qualidade dos importadores.

O primeiro ponto crítico está no controle da temperatura. Vinhos finos não podem sofrer variações extremas de calor ou frio, sob risco de comprometer aromas e características únicas. Por isso, empresas de logística internacional têm investido em soluções de transporte refrigerado, como contêineres climatizados e sensores inteligentes de monitoramento em tempo real, que garantem condições ideais do embarque ao desembarque. Paralelamente, embalagens inovadoras, resistentes a impactos e projetadas para otimizar espaço sem comprometer a proteção, tornaram-se uma aliada indispensável para assegurar que cada garrafa chegue em perfeito estado.

Outro fator fundamental é o compliance. Exportar vinhos exige atenção a uma série de regulamentações específicas, que incluem desde normas fitossanitárias até documentação alfandegária detalhada. Qualquer falha nesse processo pode atrasar a entrega e prejudicar a imagem do produtor junto a importadores internacionais. Nesse sentido, o alinhamento entre vinícolas, operadores logísticos e despachantes aduaneiros é essencial para construir uma operação confiável e competitiva.

O Brasil, ainda que jovem no cenário de exportação de vinhos em comparação com potências tradicionais como França e Itália, mostra que está preparado para ocupar novos mercados. A logística, nesse caso, se torna um diferencial competitivo: quanto mais eficiente, tecnológica e atenta às particularidades do setor premium, maiores as chances de fidelizar consumidores exigentes e consolidar o vinho brasileiro como uma referência global.

Assim, o Comex Etílico se revela como um campo de oportunidades que une agricultura, cultura e inteligência logística. Mais do que um produto, cada garrafa de vinho que cruza fronteiras carrega consigo uma narrativa de qualidade, cuidado e sofisticação. E é justamente a logística, com seu equilíbrio entre técnica e estilo, que garante que essa história seja contada com sucesso nos mercados internacionais.

Postado em 18/09/2025

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Carga de luxo sobre rodas: transporte internacional de carros de luxo e superesportivos

Por LARISSA BAROSSI

Transportar uma Ferrari, um Bentley ou qualquer superesportivo de alto valor não é apenas uma operação logística, mas sim um exercício de engenharia, segurança e inteligência aduaneira. Por trás da cena glamourosa de um carro de milhões de dólares chegando à garagem de um colecionador, existe uma cadeia complexa que conecta fabricantes, operadores de transporte, autoridades alfandegárias e seguradoras em diferentes partes do mundo.

O processo começa muito antes da viagem em si. Do ponto de vista operacional, veículos de luxo raramente são movimentados como uma carga comum. Muitos deles viajam em contêineres exclusivos, preparados com sistemas de fixação que evitam qualquer vibração ou impacto, além de contar com blindagem e até climatização em alguns casos. Para os clientes que não podem esperar, o transporte aéreo se torna a solução, apesar de ser significativamente mais caro. Aeronaves cargueiras dedicadas permitem que superesportivos cruzem oceanos em poucas horas, reduzindo o risco de atrasos e oferecendo mais confidencialidade. No entanto, o modal marítimo continua sendo o mais utilizado. Em operações desse tipo, é comum que as armadoras reservem espaço em navios do tipo Ro-Ro (Roll on/Roll off) ou até mesmo contêineres individuais para cargas de altíssimo valor.

Se a etapa do transporte já exige planejamento especial, a alfândega é ainda mais crítica. Cada carro precisa passar por protocolos rigorosos de importação e exportação, que incluem apresentação de notas fiscais internacionais, certificados de origem, documentação ambiental e toda a comprovação de compliance junto à Receita Federal e outros órgãos reguladores. Qualquer falha na papelada pode significar não apenas atrasos, mas também multas expressivas.

A segurança é outro ponto central. Os seguros contratados para esse tipo de transporte muitas vezes atingem cifras milionárias, cobrindo desde possíveis avarias durante o deslocamento até situações de roubo. Além disso, empresas especializadas utilizam rastreamento em tempo real, telemetria e comunicação direta com as equipes responsáveis, garantindo que cada etapa da viagem seja monitorada minuto a minuto. Em muitos casos, o embarque e desembarque ocorrem em áreas restritas e com acesso controlado, justamente para proteger clientes de alto perfil e manter a confidencialidade da operação.

No Brasil, esse nicho logístico vem crescendo de forma consistente. O aumento da demanda por veículos importados premium fez com que operadores passassem a desenvolver soluções sob medida, em parceria com armadoras internacionais. Para colecionadores, montadoras ou eventos automotivos de grande porte, a logística passou a oferecer não apenas transporte, mas uma verdadeira experiência premium, marcada por compliance rigoroso e operações que priorizam segurança e agilidade.

Transportar carros de luxo é, portanto, muito mais do que deslocar um bem de um ponto a outro. É um processo em que cada detalhe importa: o tipo de contêiner, a apólice de seguro, o tempo de trânsito e a conformidade com regulações internacionais. Trata-se de um segmento que exige precisão absoluta e demonstra como o comércio exterior é capaz de se adaptar a nichos altamente exclusivos. Nesse cenário, a logística não é apenas suporte, mas parte fundamental do valor entregue ao cliente, transformando-se em um diferencial competitivo e estratégico para quem opera nesse mercado.

Postado em 04/09/2025

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